terça-feira, 14 de abril de 2009

Porque as decisões sobre pessoas são tão importantes


O texto abaixo de Claudio Fernández-Aráoz traz 10 recomendações do que você pode fazer para ter as pessoas certas na sua equipe. vale a pena a leitura:


Tomar grandes decisões sobre pessoas é de importância crucial para nosso sucesso profissional, pois quando nos tornamos gerentes, tudo o que fazemos depende das pessoas que escolhemos: nossos resultados, nosso desempenho, nossos riscos, nossas chances de promoção. Como Jeff Bezos disse recentemente, as questões cruciais ao longo de nossa carreira variam com o tempo: no começo, tratam do modo como realizamos nosso trabalho; à medida que progredimos, envolvem qual deve ser o nosso negócio; e num estágio avançado de nossa carreira como gerente ou executivo, passam a se referir quase exclusivamente a quem – quem são as pessoas que nos ajudarão a identificar o nosso negócio e a gerenciá-lo com sucesso?

Como demonstrou Jim Collins, tomar grandes decisões sobre pessoas é condição fundamental para construir grandeza duradoura. E as melhores pesquisas confirmam que tais decisões são o mais importante fator controlável com impacto mensurável sobre o valor de uma organização.Embora as coisas sempre tenham sido assim, escolher as pessoas certas tornou-se ainda mais crucial ultimamente, por dois motivos. Primeiro: hoje 70% do valor de uma organização consiste em ativos intangíveis – ou seja, predominantemente pessoas. Segundo: num cenário cada vez mais turbulento, as habilidades necessárias podem mudar drasticamente, ao mesmo tempo em que a frequência e urgência de decisões críticas aumentam de maneira perceptível.Contudo, há algumas boas notícias: cenários turbulentos constituem uma oportunidade única de investir no talento certo. Num contexto conturbado, talentos excepcionais podem se tornar disponíveis; além disso, os níveis de remuneração tendam a baixar. Quando o impacto de profissionais talentosos é maior do que nunca, e os custos tendem a diminuir, gerentes e organizações inteligentes poderão obter o máximo retorno possível do talento investido.


Por que elas são tão difíceis


Passamos anos estudando finanças, contabilidade, marketing, operações e até mesmo estratégia. Mas quanto tempo dedicamos a adquirir habilidades práticas para tomar grandes decisões sobre pessoas? Via de regra, tempo nenhum. Nosso sistema educacional tem esse espantoso ponto cego, a despeito do fato de que, nas palavras de Jack Welch, “não há nada mais difícil do que contratar grandes pessoas”.
O que fazerA fim de contribuir para a tomada de grandes decisões sobre pessoas no cenário turbulento atual, gostaria de oferecer dez recomendações específicas:


1. Conscientize-se da necessidade de agir: lembre-se que, em épocas turbulentas, geralmente há poucas balas para matar o tigre faminto.

2. Considere o valor que está em jogo: quando Timothy Geithner foi nomeado o novo Secretário do Tesouro, o valor das ações norte-americanas aumentou US$ 1 trilhão. Grandes nomeações para cargos de cúpula são a principal fonte controlável de valor em qualquer tipo ou tamanho de organização.

3. Supere as barreiras emocionais: é difícil contratar quando se está despedindo. Mas permanecer vivo e recuperar-se da crise podem tornar isso imperativo.

4. Seja proativo: 90% das organizações fazem corpo mole quanto se trata de eliminar incompetentes da cúpula. Você consegue imaginar um time de futebol que não elimine 90% de seus piores jogadores?

5. Fique atento ao lado humano: embora possuir experiência relevante seja fundamental quando não se tem muito tempo para aprender, cenários turbulentos também exigem, em alto grau, competências ligadas à inteligência emocional.

6. Lance uma rede ampla: a despeito da urgência, nunca deixe de considerar uma ampla gama de candidatos, de dentro e de fora da empresa. Isso estabelecerá um parâmetro mais elevado para as suas grandes decisões sobre pessoas.

7. Avalie com disciplina: não deixe de envolver um número restrito de assessores de alto calibre, de conduzir entrevistas bem estruturadas e de conferir as indicações. O processo e os participantes são fundamentais.

8. Tenha a coragem de bater o martelo: não é fácil remunerar bem seletivamente quando se está cortando custos. Mas se você fez a sua lição de casa, poucos investimentos oferecerão retorno maior.

9. Facilite a integração: a maioria das empresas lança seus novos gerentes ao mar para que se afoguem ou aprendam a nadar. Como resultado, a maioria acaba se afogando. Uma integração bem planejada aumenta drasticamente as chances de sucesso.

10. Aprimore suas habilidades: a despeito da importância crítica das decisões sobre pessoas para o sucesso profissional e o valor da empresa, a maioria de nós não aprendeu como dominá-las. A boa notícia é que tomar grandes decisões sobre pessoas não é um mistério, nem uma arte, nem o resultado de uma intuição excepcional. É uma tarefa e uma disciplina que pode ser aprendida e deve ser aprendida para que você tenha sucesso.


Fonte: Site HSM Texto Como Tomar Grandes Decisões sobre Pessoas no Cenário Turbulento Atual de Claudio Fernández-Aráoz é palestrante da ExpoManagement Brasil e do Fórum de Alta Performance na Espanha e Portugal. Foi eleito pela BusinessWeek como um dos headhunters mais influentes do mundo e é autor do aclamado livro Great people decisions, enfaticamente endossado por Jack Welch e Jim Collins.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Filme para reflexão

Visão Sistêmica das pessoas nas organizações


Semana passada tive a oportunidade de participar de um Workshop com Bert Hellinger, nascido em 1925, estudou filosofia, teologia e pedagogia. Sua formação religiosa levou-o depois a ingressar em uma ordem religiosa católica. Mais tarde trabalhou como missionário na África do Sul. No início dos anos 70 deixou a ordem religiosa católica dedicando-se então à psicoterapia.

Freqüentemente os participantes de seus workshops partem com uma profunda compreensão de si mesmos, o poder do amor e as forças que governam os relacionamentos humanos.
Bert Hellinger vive hoje com sua esposa na Alemanha, no sudeste da Baviera, perto da fronteira austríaca.

Neste workshop ele trabalhou a Visão Sistêmica dos relacionamentos dentro das empresas. Eu tenho percebido o quanto as pessoas estão preocupadas com a Visão Sistêmica da estratégia do negócio, dos fluxos de processo e procedimentos, mas tem esquecido de analisar sistêmicamente as relações entre as pessoas da empresa e ao meu ver a metodologia desenvolvida por Bert Hellinger para visualizar e entender essa dinâmica é um bom caminho e uma alternativa fundamental para completar a Visão Sistêmica de uma empresa.

Agora entendo porque algumas empresas com estratégias bem elaboradas e excelente controle de seus processos fracassam ou não crescem como deveriam, isso é reflexo de emaranhados nas relações das pessoas envolvidas com a empresa.

No final do Workshop Bert falou da importância de se valorizar os empreendedores e o importante papel exercido por eles numa sociedade. Ele mencionou que os sindicatos (que tem grande força política na Alemnha) precisam mudar sua postura em relação aos empreendedores e perceber que não são uns contra os outros e sim trabalhar em conjunto para o desenvolvimento econômico da sociedade. Eu concordo plenamente com ele e acredito que é nosso papel como empreendedor mostrar isso para os sindicatos. Faço um convite para que você inclua na sua Visão Sistêmica as relações entre as pessoas da empresa e se quiser pode pesquisar a metodologia de Bert Hellinger conhecida como Constelação Organizacional.

A Importância dos Empreendedores


O empreendedor no Brasil é visto como um apaixonado, lunático, muitas vezes é tido como aquele que tem uma visão utópica.Mas como seria o mundo se não houvesse as pessoas empreendedoras? Será que estaríamos nos dias atuais digitalmente incluídos à tecnologia computacional se Steve Jobs, Bill Gates e companhia não tivessem a louca ideia de criar um computador pessoal, isso há quase 50 anos? Muitos não acreditaram que o PC seria indispensável após algumas décadas. Grandes empresas também não. Pasmem!
E a lâmpada, se não fosse Thomas Edison com suas tentativas e erros - e não foram poucos, mais de 1.400 tentativas até acertar para chegar na lâmpada elétrica. Durante sua vida, Edison teve mais de 1.093 patentes registradas.Como faríamos para percorrer grandes distâncias se Santos Dummont não tivesse inventado o avião?
Estes exemplos são só para deixar bem claro a importância do ímpeto do empreendedor. Trata-se de alguém que enxerga à frente. Onde ninguém vê nada, ele visualiza um horizonte de oportunidades, brechas, um novo negócio ou serviço, uma maneira diferente de conquistar o cliente.O empreendedor lidera mudanças, assume responsabilidades e inova. Mas sempre com os pés no chão. Arca com riscos, sim, mas calculados.Ao criar um produto, serviço ou processo, ele tem muito mais vantagens do que desvantagens, passa na frente da concorrência, aprende, conquista primeiramente o mercado.Se der certo, ótimo, se der errado, está muito mais propenso a dar certo da última vez, pois adquiriu know-how.
Nas épocas de crise, faça como poucos, crie, faça do seu negócio um atrativo, com diferenciais que chamem a atenção do seu cliente. Seja criativo, use a imaginação, inove. Só assim você poderá obter bons resultados, aparecer e dar as caras ao mercado.As empresas que se sobressaem sobre outras são aquelas que não vivem na mesmice, na rotina. Planeje, pesquise, tome ações embasadas no conhecimento adquirido, aja com responsabilidade, empatia, transparência, atitude, flexibilidade. Enfim, arrisque, empreenda, faça sua empresa ser um sucesso!

Fonte: Texto de Valter Serra de Abreu, publicado originalmente no Estado de S. Paulo do dia 19 de março de 2009.